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Rio+20
A plenária das delegações internacionais que vão votar o texto apresentado pelo Brasil para ser levado aos chefes de Estado durante a Rio+20 começou por volta das 12h15 desta terça-feira (19), com quase duas horas de atraso.
Não há previsão de quanto tempo vai durar a reunião.
O ministro da Relações Exteriores Antonio Patriota comanda a votação, que tem também a presença do secretário-geral da ONU para a Rio+20, Sha Zukang, da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e dos embaixadores André Corrêa do Lago e Luiz Alberto Figueiredo.
O encontro acontece no Riocentro em uma sala com capacidade para 500 pessoas que está lotada, com diversos diplomatas acompanhando em pé a votação. De acordo com o comitê de organização da Rio+20, 850 delegados assistem à sessão.
O texto
O rascunho foi obtido pelo G1 e pela Globo News na manhã desta terça-feira (19). Fechado às 2h45 e enviado às delegações por volta das 7h30, o documento sugere a criação de um fórum político de alto nível para o desenvolvimento sustentável dentro das Nações Unidas, reforçando que o tema deverá ser discutido com maior importância a partir da conferência do Rio de Janeiro.
Com 49 páginas, o texto tem 283 parágrafos -- quatro a menos do que o rascunho anterior. Nenhum deles possui a marcação "ad ref", que significa "provisoriamente aprovado”, segundo explicação do negociador-chefe brasileiro, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, dada no sábado (16).
Entre outras coisas, o fórum proposto poderia "oferecer liderança política, orientação e recomendações para o desenvolvimento sustentável" e, acompanhar e rever o progresso na implementação de compromissos como os contidos na Agenda 21 e no Plano de Implementação de Johannesburgo.
"Decidimos estabelecer um fórum universal intergovernamental de alto nível político, contruído sob a força, experiência, recursos e modalidades de participação inclusivas da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, e susequentemente substituindo a Comissão."
Na segunda-feira (18), o embaixador aposentado Flávio Perri, que escreve no blog do G1Traduzindo a Rio+20, afirmou que a criação do fórum seria "a germinação de uma nova realidade".
Responsabilidades diferenciadas
O documento apresentado pelo Brasil, como presidente da Rio+20, reafirma um dos Princípios do Rio, criado em 92, sobre as “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”.
Esse era um ponto de conflito para os países desenvolvidos que defendiam a divisão igualitária da responsabilidade sobre o desenvolvimento sustentável.
Meios de implementação
Ao contrário do texto anterior, o atual reconhece necessidades diferenciadas para os países ricos e os em desenvolvimento.